Prevenção do desenvolvimento e proliferação de armas biológicas é um dos destaques de Conferência Global da Organização Mundial de Saúde Animal
Categoria: Notícias | Publicado em: 13/07/2015A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) divulgou as recomendações construídas durante a Conferência Global Sobre Redução de Riscos Biológicos. O evento, realizado de 31 de junho a 2 de julho, na França, contou com a participação do presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Benedito Fortes de Arruda.
Também representaram o CFMV, os presidentes da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária (CNSPV), Sthenia Amora e da Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária (CNEMV), Felipe Wouk.
No documento divulgado pela OIE, ressalta-se a importância de reforço global nos serviços de saúde pública veterinária para reduzir as ameaças e consequências de doenças infecciosas, resultado de desastres naturais ou provocados. A OIE considera, como prioridade para todos os países, investimentos públicos e privados em sistemas de saúde animal.
São considerados riscos biológicos os organismos, ou substâncias oriundas de um organismo, que produzem alguma ameaça, principalmente, à saúde humana. Como por exemplo: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos.
O presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda, destaca que, o mundo globalizado, com a locomoção de pessoas a negócios, turismo e a comercialização de produtos, propicia riscos maiores para difundir enfermidades.
“As ameaças biológicas podem afetar animais, vegetais e o meio ambiente. Dentro do conceito de saúde única, é muito importante essas ações de interação entre os países e serviços de saúde. Nesse cenário, o médico veterinário tem papel fundamental para garantir a integridade, tanto nos aspectos econômicos quanto sociais”, afirma Arruda.
Na opinião do presidente da Comissão Nacional de Ensino da Medicina Veterinária (CNEMV), Felipe Wouk, um dos destaques da Conferência foi a discussão sobre fortalezas e fraquezas na solidariedade mundial para prevenir o desenvolvimento e proliferação de armas biológicas.
“Há que se criar uma sinergia entre os setores intergovernamentais de saúde e de segurança, criando padrões para ações coordenadas em situações de acidentes e atos deliberados envolvendo material biológico”, afirma Wouk.
O presidente da Comissão Nacional de Ensino da Medicina Veterinária considera que o ensino da biossegurança e biosseguridade é pouco contemplado nas escolas de Medicina Veterinária, sendo abordado em iniciativas isoladas de educação continuada. Através do Banco do Conhecimento, a ser lançado em breve, o CFMV pretende oferecer um curso à distância em biossegurança e biosseguridade.
A OIE também se compromete a colaborar com outras organizações internacionais que trabalham para reduzir os riscos de desastres biológicos, e desenvolver orientações internacionais para médicos veterinários e a comunidade acadêmica, em colaboração com peritos policiais, para combater surtos de doenças infecciosas com suspeita de origem criminosa. Os participantes da Conferência podem contribuir, até o dia 15 de julho, com sugestões ao texto das recomendações.
Mais informações em http://www.oie.int/eng/BIOTHREAT2015/draft_recommendation.htm.
Fonte: Ascom/CFMV
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