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IAGRO esclarece ações de Controle da Raiva no MS

Categoria: Notícias | Publicado em: 28/05/2015

A raiva nos herbívoros no Estado de Mato Grosso do Sul, causa enormes prejuízos à pecuária e as suas ocorrências são favorecidas pela sua posição geográfica, em conseqüência de fatores como, a topografia e o clima favoráveis ao desenvolvimento de diversas espécies de morcegos. Um exemplo disso é a Serra de Maracajú que divide o Estado. Isso proporciona condições propícias de habitação desses quirópteros, especificamente dos hematófagos, em conseqüência da existência de abrigos como as cavernas aliado à fartura de alimentos, representadas pela população bovina estimada em 19 milhões de cabeças (2015) e que já chegou a causar perdas anuais de aproximadamente 2.000 animais.

Os municípios localizados nas Serras de Maracajú, Bodoquena e Morrarias de Urucum e Amolar, são as áreas enzoóticas da Raiva Bovina, que nos últimos anos tem avançado dessas áreas endêmicas atingindo as regiões de surtos esporádicos ou livres da enfermidade. Esse avanço da Raiva sobre áreas livres ou de surtos esporádicos tem tido maior enfoque nos últimos anos devido aos impactos ambientais como, construção de usinas hidrelétricas, mudanças no perfil econômico, tais como retirada da pecuária para plantio de eucalipto, cana e outras culturas.

Das três espécies de morcegos hematófagos existentes no Brasil, a espécie Desmodus rotundus é tida como a principal transmissora da Raiva aos herbívoros. Com isso o objetivo do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros – PNCRH para o controle desta enfermidade está baseado na vacinação estratégica de espécies susceptíveis e do controle populacional de seu principal transmissor, o Desmodus rotundus, associados a outras medidas profiláticas e de vigilância.

Para o controle dos morcegos hematófagos existem duas formas:

  • Seletiva direta: captura dos morcegos no abrigo (caverna, tapera, bueiro, poço, oco de árvore, turbina) ou junto à sua fonte de alimento (curral, pocilga, galinheiro, etc.) e aplicação de vampiricida (Varfarina – substância anticoagulante).
  • Seletiva indireta: aplicação tópica da vampiricida ao redor da sugadura recente dos morcegos.

Nos dois casos, ao retornarem ao abrigo os morcegos passarão a vampiricida aos outros morcegos através de lambedura e contato com início das mortes 3 a 4 dias após.

Até 2014, o MS possuia 1120 abrigos cadastrados por GPS, sendo que destes, 372 são habitados por Desmodus rotundus.

Para a manutenção dos baixos índices da doença no Estado, é necessário:

  • Notificação compulsória (obrigatória) do Médico Veterinário Autônomo, produtor e outros profissionais ao Serviço Oficial (Unidade Veterinária Local da IAGRO mais próxima) sobre:
  • a ocorrência de animais com sintomatologia nervosa;
  • existência de abrigos com morcegos;
  • sinais de sugadura nos animais. Isso se faz necessário, pois com a presença de morcegos sugando os animais existe o risco da colônia de morcegos transmitir a doença aos herbívoros da região e para o ser humano;
  • Vistoria periódica dos abrigos já cadastrados e dos abrigos novos pelo Serviço Oficial para a manutenção da população deste morcego;
  • Atendimento pelo Serviço Oficial das suspeitas nervosas assim como da ocorrência de espoliação por morcegos;
  • Vacinação contra Raiva nas áreas de maior risco para a doença;
  • Palestras de orientação a técnicos e produtores rurais.

 

Para maiores informações do telefone e endereço das UVL’s em cada município da IAGRO é só acessar a página inicial www.iagro.ms.gov.br

Fonte: IAGRO


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