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CRMV/MS alerta sobre os perigos do Mormo para a sociedade

Categoria: Notícias | Publicado em: 06/01/2015

Com mais 3 casos de mormo confirmados no último dia 26 em cavalos de uma propriedade rural de Bela Vista, a cerca de 320 km de Campo Grande, o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV/MS) alerta sobre os perigos da doença, que se transmitida ao ser humano, pode ser fatal.

"A transmissão se dá pelo contato direto com o animal doente, manifestando-se no homem de forma aguda ou crônica. Em ambos os casos, se não tratado, o processo evolui até a morte do paciente”, explica o Presidente do CRMV/MS, João Vieira de Almeida Neto.  

Na forma aguda, após os sintomas de febre, forma-se um nódulo ou uma ulceração com linfangite regional no lugar da inoculação. Posteriormente, aparecem pequenos nódulos e pústulas vermelho-azuladas em outras zonas do corpo, que evoluem até a formação de úlceras profundas. Junto a isso, há o aparecimento de úlceras na cavidade bucal, na laringe e na conjuntiva, rinorréia, hemoptise e broncopneumonia, que conduz à morte em 2 a 4 semanas. Na forma crônica, localizada, quase sempre na pele, aparecem isolados nódulos e pequenas úlceras. O processo pode evoluir para o estado agudo ou evoluir de forma crônica até a morte.

Segundo o Presidente, “assim que detectada a doença nos animais, deve ser realizada a interdição das propriedades com focos comprovados para saneamento e sacrifício imediato dos animais positivos aos testes oficiais por profissional do serviço de Defesa Sanitária Oficial”. 

A Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) informou que em decorrência do resultado laboratorial positivo do dia 26, indicou e deslocou equipe de profissionais para realizar o sacrifício dos 03 animais que apresentaram resultado POSITIVO aos testes laboratoriais.

Mormo

O mormo é uma enfermidade bacteriana infectocontagiosa grave que acomete principalmente os equídeos, podendo também acometer os carnívoros, os pequenos ruminantes e até o homem. A principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratória, genital e cutânea. Os estábulos coletivos são potenciais focos de disseminação da infecção e também pode ocorrer à contaminação pela ingestão de alimentos ou águas contaminados.

Os sinais clínicos mais frequentes incluem tosse, corrimento nasal e febre. Na forma aguda da doença a morte por septicemia ocorre em poucos dias, o animal começa com febre alta e calafrios, rinorréia, frequentemente unilateral, amarelo-esverdeada e inflamação dos gânglios laríngeos após um período de incubação de 2-3 dias. Na mucosa das vias aéreas superiores aparecem alterações difteróides, nódulos e úlceras que se disseminam rapidamente. Os animais emagrecem rapidamente e morrem, quase sempre, na 2º ou 3º semana da doença.

Diagnóstico

Oficialmente, para fins de diagnóstico e de controle de enfermidade, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) recomenda a realização dos testes de fixação de complemento para triagem (realizado nos laboratórios particulares credenciados pelo MAPA) e o Western Blooting para confirmação no Lanagro (Laboratório Nacional Agropecuário, do MAPA).

O CRMV/MS lembra que as coletas de sangue só podem ser feitas por médicos veterinários credenciados pelo MAPA. 

Fonte: Ascom/CRMV-MS


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