Comissão Estadual de Saúde Pública realiza evento na Semana Nacional de Controle e Combate a Leishmaniose
Categoria: Notícias | Publicado em: 08/05/2015
A Comissão Estadual de Saúde Pública do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS) realiza, dos dias 10 a 15 de agosto, em Campo Grande, a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose.
Voltada para Médicos Veterinários, estudantes, proprietários e demais interessados, a semana tem o objetivo de estimular ações educativas e preventivas, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de vigilância e controle da leishmaniose e difundir os avanços técnico-científicos relacionados à prevenção e ao combate à doença.
Além das palestras técnicas, que serão realizadas no Complexo Multiuso da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o evento promove no dia 15, de 7h30 a 13h, na Praça Ary Coelho, uma ação para levar à população a educação em saúde em leishmaniose visceral, com entrega de panfletos e cartilhas, apresentação de palestras, teatro, feira de ciências e outras atividades de conscientização sobre prevenção e controle da leishmaniose visceral e posse responsável.
A semana é realizada em parceria com a UFMS, por meio do projeto de Extensão Universitária “LeishNão”, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Mato Grosso do Sul (ANCLIVEPA/MS), Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde Pública e Vet Smart.
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Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose
Como reflexo da inclusão das leishmanioses nas prioridades de pesquisa no Brasil, o Governo Federal, através da Lei nº 12.604, de 3 de abril de 2012, instituiu a “Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose”, celebrada anualmente na semana que inclui o dia 10 de agosto. Esta data foi escolhida em homenagem ao médico sanitarista e pesquisador Evandro Lobo Chagas, que nasceu neste dia e realizou estudos sobre febre amarela, malária e principalmente sobre leishmaniose. Ele foi coordenador da Comissão de Estudos de Leishmaniose Visceral Americana, descobriu os primeiros casos humanos no Brasil, organizou o Serviço de Estudos das Grandes Endemias e criou o Instituto de Patologia Experimental do Norte (Ipen), que funciona em Belém-PA e recebeu posteriormente o nome de Instituto Evandro Chagas.
A doença
A leishmaniose visceral ocorre em quase todos os continentes e estima-se que a cada ano 500.000 pessoas são infectadas e aproximadamente 51.000 pessoas morrem devido à doença. É uma zoonose causada por protozoários do gênero Leishmania, sendo veiculada através de vetores flebotomíneos e, no território brasileiro, a doença é causada por Leishmania chagasi e o principal vetor é Lutzomyia longipalpis.
O Brasil está entre os cinco países onde residem 90% dos casos de leishmaniose visceral do mundo, atingindo principalmente a população menos favorecida. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, é uma das sete endemias mundiais e sua importância se dá pela elevada incidência e ampla distribuição da doença, além das implicações econômicas, transformando-se em um sério problema sanitário e econômico-social pela depleção da força de trabalho. As estratégias de controle empregadas vêm sendo cada vez mais discutidas, devido à crescente urbanização da doença nos últimos 20 anos e a transferência de conhecimento sobre a doença é muito importante para a realização de campanhas de controle, por resultar numa mobilização da comunidade em ações sanitárias surtindo na diminuição do número de casos. Na região Centro-Oeste do Brasil, Mato Grosso do Sul apresenta o maior número de casos notificados de leishmaniose visceral humana, a maior parte destes ocorrendo em Campo Grande.
Fonte: Ascom/CRMV-MS
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