CÃES E GATOS PODEM DOAR SANGUE E SALVAR MUITAS VIDAS
Categoria: Notícias | Publicado em: 14/06/2021
O Dia Mundial do Dador de Sangue é celebrado anualmente em 14 de junho de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e o CRMV/MS aborda este dia como de essencial importância como uma forma de conscientizar e agradecer os doadores de sangue sobre a necessidade mundial de dispor de sangue seguro e sobre como podemos contribuir.
As doações de sangue são necessárias em todo o mundo para que os pets possam ter acesso ao sangue e produtos sanguíneos seguros e de qualidade em situações normais e de emergência.
Há muitas campanhas e incentivos por parte dos Governos e dos Hospitais para doadores humanos e pets, a fim de abastecer os bancos de sangue, tão importantes para a saúde da população. Mas poucos sabem que existem bancos de sangue veterinário, em que cães e gatos podem ser doadores, contribuindo com a saúde e a vida de outros animais.
Os pets podem doar sangue a cada três meses, é indolor e rápido (dura cerca de 15 a 20 minutos) e assim como nos humanos, o Banco de Sangue realiza diversos exames que ajudam no monitoramento da saúde do animal gratuitamente. Nos cães, são realizados exames como hemograma completo, teste de função renal, detecção de Leshmaniose (doença transmitida por flebotomíneos), Dirofilariose (verme do coração), Ehrlichia Canis, Borrelia e Anaplasma (doenças transmitidas pelo carrapato). Aos gatos doadores, são oferecidos hemograma completo, teste de função renal, sorologia para FIV (imunodeficiência viral felina) e FELV (Leucemia viral felina).
Cães e gatos têm diferentes tipos sanguíneos, que variam entre as raças, e antes da transfusão é realizado um teste de compatibilidade entre doador e receptor. A doação de sangue de um cachorro pode ajudar a salvar quatro vidas, e de gatos, dois. Para ser doador, o cão deve ter no mínimo 25 kg e o gato 4 Kg, ter um comportamento dócil que permita a manipulação, não ter feito cirurgias nos últimos três meses, não ter passado por transfusão sanguínea ou procedimento cirúrgico, não tomar medicações continuas, e no caso das fêmeas, não estarem prenhas ou lactantes.
A coleta de sangue deve ser realizada por um banco de sangue veterinário devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado em que atuam e deve contar com um Médico Veterinário responsável técnico cadastrado junto ao Conselho para garantir que a coleta seja segura e corretamente realizada.
Converse com um Médico Veterinário da sua confiança para obter todas as informações necessárias para que seu companheiro se torne um doador. Muitas vidas agradecem!
Por Kárin V. Kuibida (CRMV/MS 1999) Comissão Estadual de Laboratórios e Congêneres (CELC) do CRMV-MS
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