Nem a pandemia para atuação das Comissões do CRMV-MS
Categoria: Comissões, Destaques, médicos veterinários, Notícias, zootecnistas | Publicado em: 29/06/2020Com reuniões virtuais agenda das Comissões Estaduais do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS) continua produtiva. Só nesta penúltima semana de junho, foi realizado encontro online entre os membros da Comissão Estadual de Tecnologia e Higiene e Alimentos (CETHA) e da Comissão Estadual de Saúde Pública Veterinária (CESPV).
De acordo com o presidente da CESPV, Jonas Cavada entra as pautas discutidas, foi abordada a participação do médico veterinário nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF. “É de suma importância a participação do médico veterinário no NASF, pois sua atuação seria na prevenção, controle e diagnóstico situacional de riscos de doenças transmissíveis por animais vertebrados e/ou invertebrados (raiva, leptospirose, brucelose, tuberculose, leishmanioses, dengue, febre amarela, teníase/cisticercose, etc.), e outros fatores determinantes do processo saúde e doença. Esse é apenas uma área da atuação”, elencou.
O Ministério da Saúde, em 2008, criou com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Primária no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações.
O próprio Ministério da Saúde elenca o médico veterinário como um profissional que pode compor as equipes do NASF. Poderão compor os NASF as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO): Médico acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.
A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas.
“Portanto precisamos sensibilizar os gestores públicos aqui do Mato Grosso do Sul, para que incluam o médico veterinário atuando dentro dos NASF, pois assim haverá um profissional capacitado para avaliar os de fatores de risco à saúde, relativos à interação entre os humanos, animais e o meio ambiente nos domicílios”, finalizou.
Já a CETHA está discutindo a realização de um evento para difundir conhecimentos sobre o “Alimento Halal”, para disseminar conhecimento sobre este nicho de mercado aos médicos veterinários e acadêmicos do Mato Grosso do Sul, devido à demanda da exportação do Brasil de proteína animal para os países árabes.
O alimento permitido no Islã, de acordo com as regras de Deus escritas no Alcorão, é denominado Halal, que em árabe significa lícito, autorizado.
Para que uma comida seja considerada Halal é necessário que siga determinadas regras de fabricação. No caso de carnes, as normas dizem respeito à forma de abate, lembrando que suínos e bebidas alcoólicas estão terminantemente proibidas.
“É mais um nicho de mercado em plena expansão. Temos condições de atender esse público, desde que estejamos preparados para seguir as exigências dos consumidores”, pontuou o presidente da CETHA, Rodrigo Olegário.
As próximas comissões a se reunirem virtualmente são: Comissão Estadual do Meio Ambiente (CEMA); Comissão Estadual de Ética, Bioética e Bem-estar Animal (CEEBB) e da Comissão Estadual de Animais Silvestres (CEAS).
Segundo o presidente do CRMV-MS, Rodrigo Piva as comissões do Conselho foram constituídas para promover ampla discussão sobre temas que envolvam os profissionais da Medicina Veterinária e Zootecnia. “Nosso interesse é atender aos anseios dos profissionais, buscando assim uma gestão democrática e participativa”, finalizou.
Ascom CRMV-MS
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