Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

CALENDÁRIO (67) 3331-1655
Atendimento: Seg a Sex - 12h às 18h

Notícias


Outubro Rosa chama atenção para câncer de mama em cadelas e gatas

Categoria: Bem-Estar Animal, CFMV, Comissões, Curiosidades, Destaques, médicos veterinários, Saúde Única | Publicado em: 06/10/2020

Em cadelas com propensão ao desenvolvimento de neoplasias, de todos os tumores possíveis, a probabilidade da ocorrência do câncer de mama fica entre 45% e 50%. É o que afirma o médico-veterinário Andrigo Barboza de Nardi, autor do livro Quimioterapia Antineoplásica em Cães e Gatos (2008) e coautor de outros dois, Oncologia em Cães e Gatos (2016) e Princípios e Técnicas de Cirurgias Reconstrutivas da Pele em Cães e Gatos (2016).

Com 20 anos de experiência na área e mais de 40 estudos de oncologia publicados em periódicos científicos, toda a sua especialização, do mestrado à pós-doutorado, foi em cirurgia veterinária, com ênfase em oncologia.

Atualmente, é professor de cirurgia, no Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Jaboticabal). Ele explica que a ocorrência de câncer de mama nas gatas é diferente, sendo o terceiro de maior prevalência, atrás de linfomas e carcinomas de células escamosas (câncer de pele). “A probabilidade da incidência do câncer de mama em gatas com propensão à neoplasia fica entre 20% e 30%”, diz.

Outubro Rosa Pet

Nem por isso os tutores podem descuidar de suas fêmeas de estimação. A prevenção de tumores mamários em cadelas e gatas ainda é a melhor opção. A recomendação é que façam o exame frequente de palpação ao longo das duas cadeias mamárias. “O diagnóstico e o tratamento precoce da lesão ainda é a melhor maneira de proporcionar um prognóstico e, para algumas pacientes, a possibilidade de conferir a cura do tumor”, alerta Nardi.

O mês de outubro chega para reforçar a necessidade de o tutor fazer essa avalição em casa e, ao detectar algum nódulo ou aumento de volume, recomenda-se que o animal seja levado ao médico-veterinário para avaliação clínica e orientação sobre a melhor abordagem de diagnóstico e tratamento.

A cada ano, o Outubro Rosa Pet ganha maior adesão e, em 2020, em meio à condição de distanciamento devido à covid-19, médicos-veterinários se uniram para fortalecer a campanha de um novo jeito, por meio das mídias sociais. Coordenados pelo professor Geovanni Dantas Cassali, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está sendo promovida a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Mama em Animais de Companhia.

Na programação do Outubro Rosa Pet Brasil realizará um evento on-line e gratuito, de 26 a 29 de outubro de 2020, que reunirá palestrantes de todo o país. Mais informações podem ser encontradas no Instagram @outubrorosapet.

Prevenção

Segundo Nardi, a literatura cita e na prática ele já comprovou que a castração precoce é uma das formas de prevenir os tumores de mama. Antes, se preconizava a castração antes do primeiro cio. Agora a orientação mudou, pois trabalhos publicados nos últimos cinco anos, descrevem consequências indesejadas relacionadas com a castração precoce, como tendência à incontinência urinária na fase adulta, alterações comportamentais e favorecimento à obesidade. Em cadelas de grande porte e gigantes podem ocorrer até alterações de desenvolvimento ósseo. “Por esses motivos, temos indicado a castração entre o primeiro e segundo clico estral [cio]”, orienta o professor.

De acordo com a médica-veterinária Márcia de Figueiredo Pereira, a influência hormonal é um dos fatores de risco mais relevantes, por isso a indica-se a castração como forma de prevenção.

“O risco de desenvolver carcinomas mamários é de 0,05% em cadelas castradas antes do primeiro cio e houve redução de até 91% [da doença] em gatas castradas antes dos 6 meses de idade. No entanto, a idade de castração ainda é um tópico de discussão considerando-se o risco de problemas ortopédicos ou outras neoplasias”, pondera.

Assim como Nardi, Márcia também sugere a castração entre o primeiro e o segundo cio, e afirma que o uso de progestágenos ou estrógeno-progestágenos também foi associado ao desenvolvimento de tumores benignos ou malignos em gatas e a carcinomas mamários em cadelas.

Causas

Professora associada de Patologia, do Departamento de Medicina Veterinária, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Márcia lembra que a complexidade dos tumores mamários tem instigado pesquisadores a realizar estudos que contribuam com a redução de riscos de desenvolvimento e evolução da doença. Segundo a docente, o alto risco de morte coloca o câncer de mama em destaque, uma vez que muitos estudos têm demonstrado que a maioria dos tumores mamários em cadelas e gatas é maligno.

Diversos fatores de risco tem sido objeto de estudos, como idade, raça, dieta, obesidade e fatores hormonais, segundo a professora. “As cadelas acometidas têm geralmente entre 7 e 12 anos, enquanto, em gatas, as neoplasias são mais frequentes entre 10 e 11 anos de idade”, afirma. Para ela, a dieta e a obesidade, especialmente em animais obesos desde o primeiro ano de vida, são fatores importantes que têm sido associados ao desenvolvimento de tumores mamários.

Márcia relata que a compreensão dos fatores de risco é importante para a prevenção, mas é necessário ainda estabelecer condutas para o diagnóstico, prognóstico e tratamento dos tumores mamários. Para isso, médicos-veterinários de todo o país reúnem-se periodicamente para elaborar um consenso que conduza a resultados práticos e atualizados, fornecendo diretrizes sobre as neoplasias mamárias. “Estes encontros conduziram a produção de artigos [Braz. J. Vet. Pathol., v.7, n.2, 2014; Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. 2018, v.55, n.2, 2018] que tem auxiliado a aprimorar o diagnóstico e direcionar condutas terapêuticas que melhorem os resultados com relação às neoplasias mamárias”, revela.

Tratamento

Nardi explica que o tratamento de eleição mais apropriado ainda é o cirúrgico, especialmente quando está restrito à mama. Em casos de tumores malignos agressivos, de acordo com critérios e indicadores relevantes de malignidade, , o profissional indica a realização de quimioterapia antineoplásica no pós-operatório, como tratamento complementar, na tentativa de melhorar o prognóstico e aumentar a sobrevida.

Márcia concorda que o protocolo cirúrgico para cada paciente se baseia no tamanho da lesão primária, na presença de metástases em linfonodos e de metástases distantes. “O diagnóstico histopatológico continua sendo o padrão ouro, que é a melhor ferramenta para prever o comportamento biológico, mas o estudo de marcadores prognósticos e preditivos podem auxiliar o planejamento terapêutico, além de oferecer alternativas para tratamento e aumentar as chances de sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente”, declara.

Como tratamento complementar, para Nardi as práticas integrativas são bem-vindas. “Vemos na prática que a acupuntura ajuda a reduzir a dor e manter o equilíbrio orgânico da paciente, até mesmo para que ela consiga tolerar de forma mais tranquila o tratamento convencional”, explica.

A radioterapia também é uma opção, segundo ele, podendo ser indicada em alguns casos de tumores que não são operáveis. “Lesões muito grandes, que comprometem várias mamas, ao longo das duas cadeias mamárias e com infiltração na parede da cavidade abdominal, a radio pode ser uma opção”.

Assessoria de Comunicação do CFMV


Compartilhe:



Ver mais notícias

Deixe um Comentário








Ver galeria de fotos

Ver galeria de vídeos

Ver galeria de podcasts