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Agosto: Mês do Cachorro Louco

Categoria: Acadêmicos, Artigo, Bem-Estar Animal, Campanhas CRMV-MS, CRMV-MS, CRMV-MS em Pauta, Curiosidades, Destaques, médicos veterinários | Publicado em: 06/08/2021

Agosto o mês do cachorro louco, uma fama bem antiga, mas não muito conhecida. Mas, afinal, porque existe essa história? É uma crença que vinha do fato de que, supostamente, é a época de maior incidência de cadelas no cio, e por conta das condições climáticas favoráveis, deixando os machos empolgados ou “loucos”. Por este motivo, principalmente entre cães de rua, há um intenso coro de uivos e rituais de acasalamento, o que desencadearia brigas por território e principalmente por fêmeas, havendo desta forma, maior disseminação do vírus da Raiva.

A Raiva é uma zoonose viral (pode haver contaminação entre animais e humanos), caracterizada por uma encefalite progressiva aguda e letalidade de praticamente 100%. Todos os mamíferos são susceptíveis ao vírus da Raiva e, portanto, podem transmiti-la principalmente por meio da mordedura e/ou arranhadura. Os primeiros sintomas costumam aparecer em até 45 dias após o contágio e podem se manifestar através de confusão mental, alucinações, convulsões, salivação excessiva, agressividade e desorientação.

Os cães não são os maiores portadores da doença, pelo o contrário, os morcegos são mais contaminados, podendo transmitir a doença. Porém, são os cães e gatos, devido à proximidade e ao convívio diário, acabam sendo os que mais transmitem ao humano.

O Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR), criado em 1973, instituiu entre outras ações, a vacinação antirrábica canina e felina em todo o território nacional. A vacina é oferecida gratuitamente pelo poder público por meio do CCZ/SVS. Caso prefira, o tutor também pode realizar a vacinação anual em Clínicas Veterinárias de sua preferência.

As campanhas de vacinação para cães e gatos no Brasil ocorrem de forma anual, junto das demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana pré e pós-exposição ao vírus, resultaram em redução relevante de casos de Raiva Humana. Para o controle da enfermidade, o Ministério da Saúde prescreve vacinar no mínimo 80% dos animais estimados.

Até o ano de 2005 a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal no município de Campo Grande, era realizada em um único dia do ano, em pontos estratégicos distribuídos pela cidade sendo que a meta de cobertura vacinal não vinha sendo alcançada. Com a finalidade de obter maior e melhor cobertura vacinal de cães e gatos, a partir de 2006 a Campanha de Vacinação em Campo Grande contra Raiva segue sendo realizada através de estratégias de vacinação de casa em casa, promovendo um aumento de números de animais imunizados no município.

Bárbara Castro e Beatriz Nakamura – estagiárias CRMV-MS

 


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