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CRMV-MS produz documentário para abordar o consumo de carne de jacaré

Categoria: Alimentos, Origem Aninal, Revista CFMV | Publicado em: 24/03/2021

Abate sustentável ainda concorre com caça predatória da espécie no Pantanal

O abate clandestino de jacarés e o consumo da carne desses animais em Corumbá (MS), inspirou o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS) a abordar o papel fundamental do médico-veterinário, da preservação do bioma ao o manejo, produção e comercialização de carne, couro e artesanatos produzidos através do abate de animais criados em cativeiro de maneira sustentável. A iniciativa será em forma de documentário, que também abordará o papel do zootecnista na produção de ração extrusada, um dos fatores primordiais para a qualidade da carne de animais exóticos.

A criação de animais silvestres em cativeiro para fins econômicos ou de conservação tem como base legal a Instrução Normativa Ibama nº 7, de 30 de abril de 2015. Apesar disso, a caça predatória de jacarés de vida livre ainda é uma realidade no Mato Grosso do Sul. Caçadores abatem os animais, retiram a cauda e deixam os corpos boiando nos rios. Vale lembrar que, na década de 1980, a espécie sofreu risco de extinção por conta da matança indiscriminada e cinco milhões de animais foram dizimados, no Pantanal.

Durante as queimadas na Serra do Amolar, em 2020, a conselheira e presidente da Comissão de Animais Silvestres (CEAS) do CRMV-MS, Paula Helena Santa Rita, constatou o crime ambiental e despertou para a necessidade de conscientização da comunidade em geral sobre a importância da preservação do bioma pantaneiro. As imagens do documentário foram gravadas lá.

“O abate de animais silvestres na natureza é crime definido na legislação. Além do mais, como médica-veterinária, devo alertar que o consumo de produto de origem animal pode acarretar a transmissão de doenças, quando ele não passa pelas normas de segurança alimentar”, assinala.

Por isso, destaca, é de suma importância o acompanhamento desse produto desde o início de sua cadeia produtiva. “O médico-veterinário tem a responsabilidade de decidir sobre o que é apropriado para o consumo e condenar o que for impróprio, oferecendo alimentos seguros ao consumo humano sob o ponto de vista higiênico e sanitário”, afirma Paula.

O presidente do CRMV-MS, Rodrigo Piva, destaca: “Aqui no estado temos uma experiência exitosa na criação de jacarés em cativeiro para fins comerciais. A Caimasul conta com zootecnista, responsável pela alimentação dos animais com ração extrusada, e médicos-veterinários que cuidam de toda a cadeia de produção, abate e comercialização, garantindo produtos que atendem todas as normas de segurança alimentar”.

O documentário se encontra na etapa de edição e será divulgado nas plataformas do regional: YouTube, IGTV e site. Além de abordar o papel das profissões e a cadeia de criação, ressaltará a necessidade de se promover a preservação do bioma.

Matéria Veiculada na Revista CFMV nº 87 – Clique aqui para acessar o exemplar completo.

Texto: Andressa Lopes / Fotos: Péricles Duarte

Ascom CRMV-MS

 

 

 

 


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