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15 de Abril: Dia da Conservação do Solo

Categoria: Artigo, Destaques, Meio Ambiente | Publicado em: 15/04/2021

O Dia da Conservação do Solo tem como objetivo chamar a atenção para o papel crítico dos muitos tipos de solo da Terra e como eles contribuem para os ecossistemas, a vida animal que essas plantas sustentam, e para os empreendimentos agrícolas humanos.

O solo é composto de matéria orgânica e inorgânica, ar e água, e a mistura depende da forma como o solo é manejado ou negligenciado, o que, por sua vez, afeta o modo como as plantas crescem. A raça humana depende do solo para se alimentar, e a erosão e o veneno do solo podem levar a falta de alimento. O solo também contém carbono significativo, que é perdido por meio da erosão, o que aumenta as mudanças climáticas. Todos nós dependemos do solo, portanto, quanto mais isso é compreendido, melhor a raça humana prospera, de belos jardins á plantações que produzem nossos alimentos. É um dos recursos mais importantes para combater as mudanças climáticas. Como os oceanos, os solos podem absorver grandes quantidades de dióxido de carbono, ajudando a mitigar o impacto das emissões de CO2 no planeta.

Os desafios permanecem hoje em alcançar o manejo sustentável do solo, evitando a degradação, analisando o efeito das mudanças climáticas no planeta e promovendo medidas urgentes para conter a emergência climática. Ter um solo saudável significa maior rentabilidade a curto e longo prazo, menos gasto e um futuro mais seguro. Dependendo da quantidade de matéria orgânica do solo é possível economizar mais de 50% dos gastos com adubo nitrogenado, a matéria orgânica do solo também é muito importante para a produção agrícola, podendo influenciar nas recomendações de adubação e consequentemente no retorno de investimento.

As atividades humanas têm impactado crescentemente a conservação dos solos. Retirada de florestas e a utilização da terra para agricultura e pastagem são apenas algumas das ações que modificam a sua estrutura e todo o equilíbrio ambiental, e afetam não só animais e florestas como os próprios homens. O exemplo mais visível disso ultimamente tem sido a questão urgente da água. A escassez do recurso, seja aqui no Brasil e ou em outras partes do mundo, invariavelmente tem uma coisa em comum: o mau uso do solo, provocando seu desgaste e erosão, retirando dele a capacidade de renovação. Ao ficar exposto aos efeitos climáticos, sem cobertura vegetal e sem o manejo adequado, o solo não cumpre efetivamente com a sua função básica de “produzir” água: garantir a infiltração da água e recarregar o lençol freático, que alimenta as nascentes e os rios, que, por sua vez abastecem reservatórios.

Nesse ciclo, é importante ressaltar que as florestas também desempenham um essencial papel para a recarga hídrica dos sistemas de abastecimento, pois conferem uma infiltração mais lenta e limpa da água da chuva no solo. A ausência de cobertura florestal é extremamente prejudicial, principalmente em APPs – Áreas de Preservação Permanente pela inerente característica de estarem associadas aos recursos hídricos, já que funcionam como matas ciliares (que protegem o solo das margens de rios e nascentes, retendo mais água e impedindo o assoreamento dos rios). Assim, solo, floresta e água trabalham em conjunto, da mesma forma que influenciam clima, produção de alimentos e a manutenção da biodiversidade. Isso somente comprova o quanto a nossa vida está interligada à natureza e que tudo acontece de forma cíclica e conectada. Graças ao solo, temos fontes de alimento, matéria-prima para os mais diversos fins, reciclagem de matéria orgânica, filtração e abrigo de água, dentre outros.

Texto: Giovanna Nogueira – estagiária CRMV-MS

 


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