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Secretária-Geral participa de "Caminhada pela Vida"

Categoria: Notícias | Publicado em: 27/02/2015

A Secretária-Geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV/MS), Assyleia Etges, participou na manhã de hoje (27) da “Caminhada pela vida”. A mobilização foi uma iniciativa da Associação Comercial de Campo Grande (ACICG) em parceria com o Centro de Controle de Endemias Vetoriais.

O objetivo foi orientar e alertar a população no combate ao mosquito Aedes aegypti e, ainda, sobre o risco de epidemia de Dengue e Chikungunya neste ano.

Também participou da caminhada a membro da Comissão de Saúde Pública  do CRMV/MS a Responsável do Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande, Júlia Maksoud.
 
Dengue

A Dengue é causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus, o qual é subdividido em quatro sorotipos, Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4. É transmitida pela inoculação do vírus, através da picada do mosquito fêmea do Aedes aegypti; que é o único vetor reconhecido pelos órgãos de saúde pública como transmissor da doença.
O mosquito adquire o vírus através da picada de um ser infectado e o retransmite ao hospedeiro, principalmente o homem. O período de incubação do vírus no vetor varia de 8 a 12 dias e no hospedeiro de 5 a 6 dias. É uma doença de fácil disseminação quando não há controle da reprodução do vetor.
A infecção por dengue causa uma doença cujo espectro inclui desde formas clinicamente inaparentes, até quadros graves de hemorragia e choque podendo evoluir para o óbito. Na dengue clássica, a primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada a cefaléia, prostação, mialgia, artralgia, dor retroorbitária, exantema maculopapular acompanhado ou não de prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e diarréia podem ser observados. No final do período febril podem surgir manifestações hemorrágicas como epistaxe, petéquias, gengivorragia, metrorragia e outros. Em casos mais raros podem existir sangramentos maiores como hematêmese, melena ou hematúria. A presença de manifestações hemorrágicas não é exclusiva da febre hemorrágica da dengue e quadros com plaquetopenia podem ser observados, com ou sem essas manifestações. É importante diferenciar esses casos de dengue clássica com manifestações hemorrágicas e/ou plaquetopenia dos casos de febre hemorrágica da dengue.
O diagnóstico da dengue em alguns locais onde a doença é endêmica é apenas clínico. No entanto, o diagnóstico clínico não confirma a infecção, pois outras viroses cursam com os mesmos sintomas. Assim, o diagnóstico laboratorial é útil para o acompanhamento do paciente com suspeita de dengue e para a confirmação da infecção para fins epidemiológicos. 

Chikungunya

A febre do Chikungunya tem como agente etiológico o vírus Chikungunya (CHIKV), isolado pela primeira vez na Tanzânia, na África, em 1952. O vírus Chikungunya é um alphavírus e, diferentemente do vírus da dengue, tem um único sorotipo. Pode ser transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

A doença aguda é mais comumente caracterizada por febre de início súbito (tipicamente maior que 38,5°C) e dor articular intensa. Os tornozelos, punho e articulações da mão tendem a ser mais afetadas. As articulações maiores como o joelho, ombro e a coluna também podem ser afetadas. Outros sinais e sintomas podem incluir cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea, vômito, poliartrite, erupção cutânea e conjuntivite. O que pode contribuir na diferenciação com dengue é o predomínio da dor articular sobre os outros sintomas, além de o paciente definir claramente quais são as articulações afetadas. A fase febril do CHIKV dura geralmente de 3-10 dias. Também é frequente a ocorrência de exantema maculopapular, que se inicia entre o 2º e o 5º dia e se mantém até o 10º dia de sintoma. 
As metodologias utilizadas no diagnóstico laboratorial da febre do Chikungunya, assim como de outros agravos, são selecionadas de acordo com fase de evolução clínica da doença. Na febre do Chikungunya, na fase aguda da doença, durante o período de viremia (até o sétimo dia após o início dos sintomas), o método de escolha para a detecção do vírus é o isolamento viral e/ou RT-PCR em tempo real ou convencional. A sorologia para pesquisa de IgM pode ser realizada a partir do quarto dia de doença, ressaltando que, para um resultado mais confiante, são necessárias duas amostras de soro: uma coletada durante a fase aguda (quarto ao oitavo dia após início dos sintomas) e outra durante a fase convalescente (15-30 dias após o início dos sintomas), para se verificar a ocorrência de soroconversão. O isolamento viral ou a detecção do genoma viral através do RT-PCR são considerados os métodos confirmatórios mais fidedignos para confirmação do agente etiológico.

Até que se tenha uma vacina disponível ou uma droga antiviral, assim como na dengue, atualmente o controle do vetor é a forma mais eficaz de evitar que o vírus Chikungunya  seja introduzido em novas áreas e se disperse por todo o país.

Confira as fotos da caminhada no link.

Fonte: Ascom/CRMV-MS


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